Greenline Carbonsat passou a ser listada na B4 após auditorias técnicas e validação da sua metodologia inédita de geração de créditos de carbono
No contexto da nova regulamentação de carbono no Brasil e com a proximidade da 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP30), que acontece em novembro no Pará, empresas de diferentes setores buscam alternativas para integrar ativos verdes às suas estratégias.
Neste cenário, ganham relevância as iniciativas da B4 Capital, primeira Bolsa de Ação Climática do mundo, fundada no Brasil em 2023. A corretora conecta empresas, entidades e geradores de créditos de carbono, garantindo transparência por meio de tecnologia blockchain, registro digital imutável que funciona de forma compartilhada, no qual cada participante valida as transações.
Hoje, a B4 conta com 527 projetos listados, mais de 95 empresas compradoras e mais de 3.600 transações concluídas, totalizando 12,7 milhões de toneladas de CO₂eq disponibilizadas ao mercado. Entre eles, estão os projetos Cauré I e Cauré II, operados na B4 pela empresa. Juntos, são responsáveis por 5,27 milhões de toneladas de créditos de carbono gerados em 75 mil hectares monitorados, o que equivale a aproximadamente R$ 400 milhões. A metodologia inédita da Greenline Carbonsat já obteve certificação com mais de 99% de eficácia pela Bureau Veritas, uma das mais renomadas certificadoras do mundo.
“Entre a certificação de eficácia e o acesso à B4, foram mais de dois anos de auditorias técnicas e validações da nossa metodologia. Esse processo garante mais transparência e credibilidade à emissão dos créditos”, explica Lucio Lopez, fundador da Greenline Carbonsat.
A companhia vem ganhando destaque no mercado de crédito de carbono, desde o desenvolvimento da metodologia própria de contagem retroativa de créditos, chamada GREENLINE/GREENSAT. O sistema utiliza dados de satélites globais para mensuração de áreas a partir de 100 hectares, a menor escala entre os métodos disponíveis atualmente. O diferencial está no georreferenciamento facilitado, que elimina a necessidade de inventários florestais presenciais, fator estratégico em regiões de difícil acesso.
Apesar do crescimento, especialistas alertam para a necessidade de aprimorar os critérios de validação. Um estudo do Climate Policy Initiative (CPI), em parceria com a PUC-Rio, propôs uma nova metodologia para mensurar a adicionalidade de projetos de redução de emissões por desmatamento e degradação florestal na Amazônia. Diferentemente do modelo tradicional, que se baseia em tendências históricas de desmatamento, o estudo simula as decisões econômicas reais de produtores rurais, considerando preços de commodities, custos logísticos, produtividade e estoque de carbono. O resultado mostrou que 77% do carbono protegido pelos projetos na Amazônia é adicional, ou seja, não seria preservado sem tais iniciativas.
Sobre a Greenline Carbonsat
Fundada em 2018, no estado de Wyoming (USA), pelo brasileiro Lucio Lopez, a Greenline Carbonsat iniciou suas atividades realizando o monitoramento de vegetação e solo a partir de dados de satélites com o intuito de capturar a evolução vegetal terrestre orientada para a mensuração de créditos de carbono. Com uma abordagem inédita, proprietária, 100% segura e validada por certificadoras especializadas, a empresa passou a atuar no mercado de oferta de crédito de carbono utilizando os dados angariados. Em junho de 2024, iniciou a operação no Brasil com capital integralizado de R$ 51 milhões e sede na cidade de Curitiba. Ainda no mesmo mês, realizou outro aporte de R$ 36 milhões para integrar o grupo e auxiliar nos projetos de expansão. Com isso, tornou-se uma empresa player de desenvolvimento de soluções ambientais voltada à preservação integral de florestas e de áreas nativas para combater o desmatamento global, com enfoque no crédito de carbono. Saiba mais em: http://greenlinewy.com/