Por Valdo Marques*

São inegáveis os diversos impactos suportados por empresas, dos mais diversos setores no Brasil, em razão da pandemia de Covid-19 nos últimos 12 meses. Não obstante as centenas de milhares de mortes causadas pelo vírus, o país também se viu mergulhado em uma crise sem precedentes, resultando em desafios que transcendem, neste momento, a esfera da Saúde.

Nesse sentido, cerca de um ano após os registros dos primeiros casos de Coronavírus no Brasil, é preciso assegurar condições para o crescimento dos setores que contribuirão para a retomada econômica aguardada por todos. A partir do desenvolvimento e da aplicação em massa das vacinas, o que se espera é que o país inicie novamente sua caminhada, em um cenário que ainda exigirá muita organização e resiliência.

O setor elétrico é fundamental para que esta retomada ocorra de maneira pujante, sustentável e segura. É preciso fomentar os segmentos que serão essenciais, não somente no esforço de “fazer a roda da economia girar” novamente, mas também para mantê-la em funcionamento adequadamente.

Atualmente, o gasto com energia elétrica no Brasil representa entre 7% e 8% dos custos de uma empresa. Por isso, a demanda cada vez maior, de companhias dos mais diversos portes, por soluções inteligentes para promover um melhor aproveitamento energético em suas atividades, reduzindo ou otimizando essa despesa que representa uma parcela tão importante de seus orçamentos.

É necessário também entender, e levar em consideração, o impacto direto da pandemia no próprio setor de energia. Relatório recente da Agência Internacional de Energia (AIE) apontou para uma previsão de queda de 6% na demanda global de energia em 2020. O resultado representa um decréscimo sete vezes maior do que o registrado logo após a crise financeira global de 2008.

Ainda que o isolamento das pessoas em suas casas possa ter ampliado de forma tímida o consumo de energia, a balança ainda se revela negativa quando levado em consideração o tempo inativo de empresas por todo o país.

Há um esforço neste momento, através da Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE), para que o mercado de energia possa se recuperar de forma vivaz em 2021. No último mês de dezembro, por exemplo, houve a aprovação da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) para que a Câmara pudesse atuar no âmbito da judicialização do risco hidrológico. Trata-se de uma medida que poderá liberar aproximadamente R$ 9 bilhões nos primeiros três meses deste ano, devolvendo liquidez ao setor e proporcionando um ambiente propicio a novos investimentos e geração de empregos.

Empresas e consumidores anseiam cada vez mais por soluções que lhes tragam eficiência, segurança e, principalmente, despesas menores. O setor está atento a estas demandas, alinhado também às proposições relativas ao fortalecimento da chamada “energia verde”, por todo o país.

É premente às empresas no Brasil, diante de um cenário de profundos gargalos em infraestrutura estatal, que busquem soluções seguras, que permitam sua recuperação e a retomada do crescimento. Nesse sentido, a utilização de grupos geradores de energia, garante uma solução eficaz e imediata, às turbulências geradas pela falta de investimento público na infraestrutura nacional como um todo.

A recuperação da economia brasileira em 2021 caminha lado a lado com o fortalecimento e fomento de diversos setores. Players e entidades que representam o setor elétrico estão cientes de suas responsabilidades diante deste cenário, confiantes de que suas capacidades e lideranças mantiveram-se resistentes frente às adversidades enfrentadas no último ano.

Valdo Marques é Vice-Presidente Executivo da Stemac, empresa que oferece soluções em Grupos Geradores comercial, empresarial e industrial