Ações do programa contribuem para conservação e recuperação de aproximadamente  20 mil hectares de vegetação nativa e beneficiam centenas de produtores rurais.A Secretaria de Infraestrutura e Meio Ambiente de São Paulo, SIMA, amplia o prazo do projeto Conexão Mata Atlântica para 15 de julho de 2023. A principal mudança prática em razão dessa prorrogação é a de que os produtores rurais que participam do projeto poderão contar com o acompanhamento e assistência técnica durante esse tempo de mais dois anos.

O projeto, que teve início em novembro de 2017, tinha data prevista para término no ano que vem. Agora, com o prazo ampliado, todos os contratos vigentes de Pagamentos por Serviços Ambientais (PSA), Certificação e Cadeia de Valor Sustentável passam também a ter suas vigências automaticamente prorrogadas até 15 de julho de 2023. A prorrogação não altera os tempos de execução dos planos de ação das propriedades, e não haverá mudanças no número ou no valor dos pagamentos dos contratos.

“O apoio do Estado ao produtor rural incentiva a realização de ações necessárias para preservar remanescentes de vegetação com possibilidade de geração de renda. E ao preservar a Mata Atlântica, contribuímos para o enfrentamento da mudança do clima. Com a prorrogação do prazo, estende-se o alcance das atividades para recuperar e proteger esse bioma tão importante para nossa sobrevivência”, destacou o secretário Marcos Penido.

Até o momento, o projeto celebrou mais de 1.400 contratos com produtores rurais no Estado de São Paulo, resultando no fomento à conservação de cerca de dez mil hectares de vegetação nativa e na restauração de 739 hectares de vegetação., com o PSA Proteção.  Ainda, uma das ferramentas do projeto, o PSA  Uso Múltiplo promove ações para manejo da pastagem em mais de 1.500 hectares.

Por sua vez, a Fundação Florestal já firmou 267 contratos de PSA Uso Múltiplo que correspondem a conservação de  7.579 hectares de Mata Atlântica e 476 hectares manejados. Esses provedores de serviços ambientais recebem assistência técnica e estão compromissados com práticas conservacionistas, tais como saneamento, conservação de solo e da água, criação de abelhas nativas, entre outras. Há também 160 produtores sendo preparados para obter certificação que em sua maioria optaram pela transição agroecológica e certificação orgânica. Há ainda cerca de 200
produtores recebendo apoio técnico e financeiro para o desenvolvimento de cadeias de valor sustentável, produzindo e beneficiando produtos que geram renda com menor impacto ambiental, cada qual com o seu próprio plano de negócio.

Os dados do Conexão Mata Atlântica são resultados dos instrumentos utilizados pelo projeto, como os PSA’s que remunera proprietários rurais mediante a execução de ações mais sustentáveis na gestão do imóvel rural, para fomentar os serviços ecossistêmicos, em duas modalidades: Uso Múltiplo (uso sustentável do imóvel e adoção de práticas conservacionistas) e Proteção (conservação e recuperação da vegetação nativa).

Outros instrumentos, como Certificação e Cadeia de Valor Sustentável, visam o aumento da produtividade de forma sustentável e beneficiam diretamente a renda do produtor, sendo um estímulo financeiro para a conservação do meio ambiente.

Cercamento de mata ciliar e nascentes, manejo adequado da pastagem e instalação de bebedouros nos piquetes são algumas das ações do Conexão Mata Atlântica para aumentar a quantidade de água, melhorar a qualidade do pasto, controlar a erosão do solo e, consequentemente, incrementar a produtividade, seja do leite ou do gado de corte e da agroflorestal.

Areias, Bananal, Cachoeira Paulista, Cunha, Guaratinguetá, Itariri, Lagoinha, Lorena, Miracatu, Natividade da Serra, Paraibuna, Pedro de Toledo, Peruíbe, Redenção da Serra,  Distrito  de São Francisco Xavier, em São José dos Campos, São Luiz do Paraitinga, Silveiras e Taubaté fazem parte da região de abrangência do projeto.


Sobre o Conexão Mata Atlântica

O Conexão Mata Atlântica tem o objetivo de aumentar a proteção da biodiversidade e da água e fixar carbono em zonas prioritárias do Corredor Sudeste da Mata Atlântica brasileira, com atividades nos Estados de São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais.
Financiado com recursos do Global Environment Facility – GEF , implementado pelo Banco Interamericano de Desenvolvimento , o Projeto tem como órgão executor dos recursos a Fundação de Empreendimentos Científicos e Tecnológicos – Finatec. Os órgãos responsáveis pelas ações previstas são o Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI), além de órgãos ambientais e de pesquisa dos Estados de São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais. No Estado de São Paulo, os responsáveis pela execução do Projeto são a Coordenadoria de Fiscalização e Biodiversidade, da Secretaria de Infraestrutura e Meio Ambiente -SIMA, e a Fundação Florestal.

Saiba mais sobre o projeto em:
 https://www.infraestruturameioambiente.sp.gov.br/conexao/