*Por Rogério Matofino

Treinamento, criatividade e inovação. Estas três palavras nunca fizeram tanto sentido nas organizações como agora, numa época em que as mudanças são rápidas e contínuas.

No enfrentamento de um ambiente repleto de incertezas, cabe aos gestores buscar novas metodologias e soluções inovadoras. Sobretudo quando falamos de manter a equipe focada e a concorrência longe.

Neste contexto, a criatividade e a inovação entram em campo como um guia para ajudar no processo cultural da empresa. Mas você sabe diferenciá-las?

Criatividade e inovação: qual é a diferença?

Embora pareçam ser sinônimos, na prática, o conceito de criatividade e inovação é bem diferente. Ambos costumam caminhar juntos, especialmente no mundo dos negócios, mas é preciso distinguir quando aplicar cada um.

Em relação à criatividade, esta se refere à habilidade que libera o potencial da nossa mente. Ou seja, é o momento em que reunimos as nossas referências, idealizamos um produto e até chegamos a desenhá-lo, porém ele ainda não é colocado em prática.

Nas empresas, a criatividade possibilita a liberdade de expressão dos seus colaboradores. Por conta disso, muitas vezes, o gestor precisa reavaliar a rigidez dos modelos estruturados de gestão e implantar aqueles com maior flexibilidade e oportunidade em suas ações.

Já a inovação está ligada a colocar em prática uma ideia que pode ser mensurada. Este é um dos assuntos mais discutidos no mundo empresarial. Afinal, para se diferenciar em um mercado cada vez mais competitivo, as empresas precisam inovar.

Assim, podemos dizer que, embora conceitualmente diferentes, os conceitos de inovação e criatividade produzem melhores resultados quando são aplicados juntos.

Gestão de pessoas e Design Thinking

Ao falarmos de inovação, é imprescindível o uso das tecnologias para acompanhá-la. E é aí que entra em cena o Design Thinking. Ele vai além da estética de produtos ou serviços, pois está centrado no ser humano. Nos negócios, esta metodologia faz com que os profissionais saiam da sua zona de conforto. Design Thinking é recomendado para líderes que estão sempre em busca de alternativas viáveis, seja tanto funcional quanto financeiramente.

Então, pra fecharmos a ideia, agora que você sabe o que é criatividade e no que ela se difere da inovação, além de entender que Design Thinking é uma metodologia, uma ferramenta, um mindset de trabalho, unir estes três elementos, além de te capacitar a liderar pessoas e fazer toda a gestão de um processo em que você está aberto a um erro, você também estimula as pessoas para que elas “explodam” suas cabeças no sentido de trazer novas ideias e insights, além de poderem contribuir e sugerir sem se preocupar com julgamentos.

E quando você suporta as ideias e os projetos que apadrinha, coloca investimento, monitora e mensura tudo isso, naturalmente, você irá conseguir gerar um movimento transformador, de fato, na organização. Mas isso não significa, necessariamente, complicar tudo com tecnologia. Aliás, inovação nem sempre é tecnologia. Inovação é simplificar ao máximo, é executar uma boa ideia. E tudo isso de forma leve, lúdica, envolvente, colaborativa. Isso é trabalhar, na prática, com criatividade, gestão de pessoas e inovação nas organizações.

*Rogério Matofino é arquiteto de negócios e publicitário especializado em gestão. Atua também como professor universitário e palestrante nas áreas de Vendas, Comunicação, Marketing e Transformação Digital.